Retratamento Endodôntico

O retratamento de canal é um procedimento para remover materiais obturadores dos canais e então novamente modelar, limpar e obturar os canais. Usualmente realizado devido ao tratamento original parecer inadequado, ou ter falhado ou haver exposição do canal ao meio oral por tempo prolongado. (Definição segundo o Glossário de Terminologia da Associação Americana de Endodontia). Mas uma definição mais abrangente e atual de retratamento, inclui a reintervenção endodôntica realizada sobre um dente que já recebeu uma tentativa anterior de tratamento definitivo, resultando numa condição que requer intervenção endodôntica adicional para a obtenção de um resultado bem-sucedido.

Sinais e Sintomas

Em relação aos sinais e sintomas clínicos que caracterizariam a necessidade de retratamento de canal temos, de maneira resumida, a dor, inchaço intra ou extraoral, fístula (bolinha de pus na gengiva, normalmente próximo ao ápice do dente em questão) e perda de função mastigatória. Sendo que qualquer um desses sinais ou sintomas precisa estar presente de maneira marcante e persistente para que possa ser considerado como indicativo de falha e necessidade de retratar.

Muito importante salientar que ligeiro desconforto ou dor nas primeiras horas e até alguns dias, após o tratamento endodôntico, não é considerado critério de insucesso de tratamento. Já que é esperada uma inflamação pós-operatória, normal e benéfica, associada ao processo de reparação dos tecidos periapicais envolvidos no tratamento.

Com relação ao critério radiográfico, compete ao profissional fazer as considerações necessárias e esse respeito, já que muitos parâmetros são avaliados, como sensibilidade da técnica radiográfica, espaço do ligamento periodontal e tempo de controle e classificação de cura radiográfica. E finalmente podemos citar algumas das situações nas quais o retratamento endodôntico poderia ser contra-indicado, sendo eles os casos de dentes com fratura da raiz (que será avaliado pelo profissional, podendo ser necessário a solicitação do exame tomográfico computadorizado) e dentes com pouca estrutura dental interna e externa, que dificultem as condições necessárias para restabelecer a anatomia coronária, de maneira a suportar a carga mastigatória e se manter sem fraturar no longo prazo. Nestas situações, o melhor custo-benefício, costuma ser a extração do dente e colocação de implantes intraósseos que substituem a raiz dental comprometida.

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CROSP 90346 – Cirurgiã-dentista graduada pela USP, especialista em endodontia, habilitada em harmonização orofacial e cursando especialização em Acupuntura pela Faculdade de Medicina da USP.

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